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segunda-feira, 30 de junho de 2014

NOVO PARADÍGMA.





125
Te quero de quatro
No quarto
Que sintas prazer
De fato
E todo meu amor

Te quero suada
De olhos virados
Gemendo e gritando
Como um instrumento afinado
Que só eu sei tocar

Quero beijar sua boca
Te morder as costas
Do pescoço
Até as nádegas
Te arrepiar toda
Para você
Nunca me esquecer

Te dizer ao ouvido
A poesia que me inspiras
Te levar comigo
Ao paraíso
Que é onde eu vivo
Quando estou com você

Quero ser autêntico
Todo dia diferente
Ardente
Para que me queiras
Para sempre





Venho de um tempo em que o sexo era tabu, proibido, coisa de pervertido. Era feito escondido, não se falava,  não se comentava, nem entre quatro paredes, não se aprendia. Não se falava nada explícito, tudo tinha um apelido e era motivo de vergonha. Houve um tempo em que eu não sabia do poder das palavras ditas ao ouvido, que os líquidos da libido vêm da imaginação. Tempo em que tinha pressa de chegar ao resultado final, não sabia que a maior curtição da viagem era o caminho, que não vale a pena chegar lá sozinho e que o prazer dela é que é o meu verdadeiro prazer.
A nossa cultura e costumes nos reprimem e nos priva da plenitude da vida. O conhecimento é pecado, a fé cega é que é um valor. O prazer é proibido, pois o paraíso não é aqui. Temos que aprender sozinhos e do jeito errado, mas errando e observando, se praticar, chega-se lá.
Tudo existia, mas era reprimido, então eu pensava que era só comigo, só eu queria correr perigo, dar vazão aos sentidos e ver o que há atrás do muro. Quando eu lia histórias sexuais verídicas em revistas masculinas, achava que era tudo mentira, apenas contos bem contados. Coisas impossíveis de acontecer, pois todos eram puritanos e só a ficção poderia dar vazão à fantasias e desejos.
Até que um dia eu caí na vida, conheci mulheres modernas, decididas, livres de pecado e censura, aptas a um maior prazer. Surpreso eu fiquei. Coisas parecidas com as histórias que eu lia, e até com muito mais adrenalina e mais picantes, começaram a acontecer comigo. Descobri que meu tapa na bunda tinha a força certa e que o tapa é na bunda, mas é sentido na cabeça. Que elas gostam de ouvir um safada, cachorra, vadia… Que eu tinha a pegada certa e que se era para assoprar eu assoprava, mas se era para morder eu mordia. Que em umas a barba espeta e em outras derrete e arrepia.
Aprendi a falar o que sentia e o que queria, aprendi a falar o que elas queriam ouvir e que o que elas queriam ouvir era o que eu queria falar. Que o sexo é verbal, é visual, é extrassensorial, é química, física, magia... É como dirigir numa estrada, tem que estar ligado, atento às curvas, ao tráfego e obstáculos, saber a hora de acelerar, de frear e virar o volante, a velocidade certa e hora de ultrapassar, para não bater nem atropelar ninguém e curtir a viagem. Tudo em volta é importante, chegar não é importante, é só uma consequência inevitável. É preciso estar atento, tirar os sentidos do umbigo, aí pode-se andar por uma estrada desconhecida e pegar um caminho diferente todo dia. Vai ter sempre alguém para viajar contigo.
Conheci o valor de se aproveitar cada momento, cada pedaço, fazer-se único sempre. O valor das palavras, do toque, de uma cara safada, um sorriso maroto e um jeito de brincar. De improviso, como quem dança um rock, sentindo a música, curtindo a festa. Em qualquer canto e a qualquer momento quando se está coma a pessoa certa.
Descobri o prazer de ser sincero e de ser cúmplice, despir corpo e espírito sem medo, sem receio, me deitar desarmado, corpo em queda livre, voo preciso e só ter tempo para sentir. De estar junto sempre, independente da distância e curtir a saudade que me atiça, me embala, me ocupa na espera, me inspira. Descobri o prazer de, em tudo isso, ser retribuído.




domingo, 29 de junho de 2014

COM AMOR E SEM PUDOR, POEMAS DOCES E PICANTES, ÁCIDOS AO PONTO.



138
Na cama
Co(r)pos suados estendidos
Na boca seca
Resta ainda
Um gosto de boceta









Já faz mais um ano que venho publicando minhas poesias num blog de poesias, de maneira aberta, sem restrições ou recomendações. Nesse tempo, muitas poesias que escrevi e gostaria de publicar não acharam espaço neste blog, devido seu conteúdo não ser recomendado para crianças nem para puritanos. Os puritanos por ficarem chocados e as crianças porque vão fazer muitas perguntas. Foi para estas poesias que criei este blog.
Desta vez, aprendendo com a experiência do outro blog, no qual fui rejeitado pelo Google ad sense, que é o programa de remuneração dos blogueiros do blogspot, resolvi também neste, me aventurar pelos contos e crônicas. Este programa do blogspot, através de suas máquinas, não reconheceu minha poesia como conteúdo. Pelo fato deste blog conter muitas imagens, se confundiu e as definiu como legendas das fotos. Por isso neste agora vou ter que me preocupar com vírgulas e pontos -tenho escrito poesias sem pontuação- e nesses contos quero ganhar uns contos. O artista só é realmente reconhecido quando sua obra tem preço e quero ganhar isso com o apreço dos meus leitores.
O terreno fica aberto para a fantasia em carne viva, a vida sem mistério, sem receio, sem vergonha, sem avexo. Todos os desejos e viagens, a crua vontade, sem rédeas nem cabrestos. A poesia em verso e prosa, um exercício novo, uma viagem para um lugar desconhecido onde vou morar por um tempo ou quem sabe para a vida.
Nesse espaço livre, outorgado pela licença poética e artística, convido vocês para viajarem e, que principalmente, se divirtam e curtam. Se quiserem, comentem e participemque, que também é uma forma gratuita de enriquecer e remunerar o artista, pois o inspira, ensina e o faz pensar. O anima para acordar cedo e a escrever sem medo.
Se gostar, divulgue para quem você gosta, se não mande para quem mereça. O que te garanto é que vai estar sempre no meu maior capricho. Tenho dito, por enquanto.